Terminada a época das vindimas na Estremadura, que tiveram maior expressão na segunda quinzena de Setembro, importa agora fazer um primeiro balanço da forma como decorreram e quais as perspectivas que nos transmitem relativamente aos vinhos produzidos.

Depois de um ciclo que exigiu alguma atenção para evitar situações delicadas na área fitossanitária, o início da época apresentou-se de feição favorável e propícia à elaboração de bons vinhos. Ainda que tivesse ocorrido alguma precipitação, ligeira, na primeira quinzena de Setembro, esta só no equinócio se fez sentir de forma mais intensa, podendo-se considerar que até àquela data houve condições muito favoráveis para a boa qualidade dos vinhos.

Em termos quantitativos parece não vir a ser tão acentuada a quebra prevista no final de Julho, que relativamente à colheita de 2005 era apontada em -12%. Em contacto com diversos produtores e em função das informações prestadas, admite-se que haverá apenas uma quebra de 5%, uma vez que a capacidade de produção das vinhas que têm vindo a ser reestruturadas já é considerável.

Podemos assim em síntese considerar que é uma colheita que se insere na média dos últimos anos, que não houve factores adversos significativos tanto meteorológicos como a nível de fermentações e que o nível qualitativo, a confirmar-se proximamente, parece ser de forma a enquadrar-se no bom, podendo por consequência virem a surgir vinhos de muito elevado nível qualitativo.