Através da troca de informação entre Estados-Membros da União Europeia, o Instituto da Vinha e do Vinho recebeu a informação que se segue e para a qual se sugerem ações preventivas, especialmente por parte dos operadores que exportam vinhos para os mercado dos Estados Unidos da América. 

As autoridades norte-americanas detectaram em vinhos oriundos da União Europeia resíduos da substância ativa PENCONAZOL (utilizado na defesa fitossanitária da vinha). Esta substância ativa está presente em diversos produtos (fungicidas) que são comercializados em Portugal e no mercado da U.E.. O limite máximo residual aceite nas normas europeias é de 0,2 ppm. 

Esta sustância não está registada nos EUA para utilização nas vinhas (apesar de ser aceite noutras culturas), pelo que não está estabelecido um valor específico de tolerância. Todavia, responsáveis da FDA (Food and Drug Administration) aceitam sem contestar valores residuais inferiores a 0,1 ppm.

Em março de 2012, o TTB (Tax and Trade Bureau – departamento competente para o controlo de importações de bebidas alcoólicas, licenças de importação e aprovação de rótulos) apresentou uma contestação devido á presença de valores residuais de 0,0033 e 0,004 ppm de penconazol em vinhos europeus, o que se considera uma atitude preocupante, atendendo aos valores irrisórios que foram detectados.

Admite-se que estes níveis de resíduos possam ter surgido em uvas cujas vinhas que não foram tratadas diretamente com penconazol, mas são confinantes com outras em que o tratamento foi aplicado.

Possíveis ações preventivas:
- Dissuasão de utilização nas vinhas de produtos com a substância ativa penconazol;
- Maior vigilância sobre os resíduos existentes nos vinhos destinados aos Estados Unidos

Em Portugal é autorizada a venda dos seguintes produtos que contém penconazol (http://www.dgadr.pt/fitofarmaceuticos/lista/Subst_activas/Fungicidas/penconazol.htm)

DOURO® (SAPEC)
TOPAZE® (SYNGENTA)
PENCOL® (SELECTIS)