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Vindima 2010 | Região de Lisboa beneficia da influência do clima Atlântico
22/OUT/2010

Torres Vedras, 21 de Outubro de 2010– A vindima de 2010 na região vitivinícola de Lisboa encontra-se praticamente concluída. Com quase toda a produção dentro das adegas, antevê-se uma colheita com uma produção acima do valor divulgado a título previsional no início do Verão, admitindo-se agora atingir cerca de 15 a 20% a mais do que na campanha anterior, o que se traduzirá numa produção próxima a 1,2 milhões de hectolitros.  

A ocorrência de alguns focos de míldio e as elevadas temperaturas verificados em Agosto, não prejudicaram no computo geral o estado das uvas, permitindo à entrada das adegas a recepção de matéria-prima com muito boa qualidade. 

As temperaturas elevadas que o Verão deste ano trouxe, tiveram na generalidade da área vitícola nacional consequências no processo de maturação, consequências que nesta região terão sido menos notórias dada a influência atlântica que proporciona alguma frescura e humidade durante a noite.  

Ainda assim, no início, as maturações mostraram-se algo irregulares, tendo havido necessidade de atrasar a colheita de algumas castas face a anos anteriores. No entanto a influência do clima Atlântico e alguma pluviosidade ocorrida na segunda quinzena de Setembro, permitiu regularizar esta situação. 

As fermentações alcoólicas ocorreram de forma natural, sem quaisquer tipos de condicionantes ou problemas dignos de reparo, tendo em conta o adequado apetrechamento tecnológico das adegas ao qual se associou de forma positiva a possibilidade de se fazer uma vindima sem pressas, proporcionada também pelas condições meteorológicas favoráveis para o efeito. 

Digno de destaque foi o comportamento apresentado pelas castas Syrah e Aragonez, ambas com uma área de vinha bastante expressiva na Região, permitindo a obtenção de mostos que ao nível da cor, do aroma e do sabor prenunciam um ano de excelência no que se refere a estas castas. 

Advinha-se assim um bom ano, com vinhos brancos frescos e aromáticos e também bastante favorável no que respeita à produção de base de vinhos espumantes e de vinho branco leve típico da Região de Lisboa. Nos vinhos tintos, é expectável que se venham a encontrar vinhos com boas cores, elegantes, encorpados, frutados e bastante equilibrados na sua acidez, por consequência muito interessantes aromática e gastronomicamente. 

Face à informação recolhida, com satisfação poderemos contar com a colheita de 2010 para dar continuidade à produção de produtos vínicos de qualidade, que agradam não só ao consumidor no mercado nacional mas também com bastante aceitação no mercado internacional e, como resultado, espera-se a continuação de um crescimento sustentado na quantidade de vinho certificado na Região Vitivinícola de Lisboa. 

Esperando por parte dos Agentes Económicos inscritos na CVR Lisboa a continuação da política de produção de vinhos com uma relação qualidade/preço bastante competitiva, proporcionando ao consumidor produtos com a mesma ou maior qualidade a preços mais moderados que os apresentados noutras regiões, ainda que face à actual conjuntura económica, espera-se vir a ser alcançado o patamar próximo a 22 milhões de garrafas para o ano civil de 2011.


Fonte: CVR Lisboa
 
 

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